Uma mentirinha faz mal!
Todas as mentiras fazem mal.
Eu, prefiro a verdade. A cada dia que passa, a cada conseqüência de uma mentira, tenho mais convicção disso.
Prefiro bem mais a verdade que dói, do que uma mentira que assopra. E quanto mais direta e sincera for a verdade, melhor.
Não confundir ser sincero com ser grosseiro.
As "boas consequências" da mentira duram pouco e sempre trazem junto outras coisas não muito legais.
Eu vejo a mentira como um edifício construído de cima pra baixo, onde é sempre necessário por um andar mais abaixo (uma nova mentira) para sustentar os andares anteriores! A medida que o número de mentiras vai se acumulando o peso da estrutura é tão grande que os andares mais abaixo não conseguem sustentar e uma hora tudo desabada.
Enquanto a mentira tem "perna curta" a verdade é apenas verdade. Não é necessário se preocupar ou inventar novas verdades para amparar uma verdade. Já a mentira sempre precisa de novas mentiras para aparar as "pontas soltas" que fazem parte dela. Então, se é preciso de novas mentiras pra tapar o buraco das últimas e se todas elas já vem com suas pontas soltas, não é difícil perceber quantas pontas soltas ao final de poucas mentiras a pessoa tem nas mãos.
Um outro ponto grave da mentira é o seu potencial de evolução. Quem mente constantemente acaba não percebendo como isso pode escalar de maneira gradual, e alguém que um dia contava apenas mentirinhas, com o passar do tempo, passa a contar mentiras realmente sérias.
Não é difícil ver acontecer e me lembra muito o caminho de quem um dia estava experimentando um cigarro e tempos depois está fumando no crack.
Na primeira mentira a pessoa se envergonha de mentir. Se sente mal e a angustia só aumenta a cada mentira que é preciso contar para tapar todas as outras anteriores. Mas, quanto menor a mentira, mais fácil de se safar ileso e por isso, acontecer a segunda não é tão difícil. Depois de algum tempo nesse processo de contar mentirinhas e se safando (ou mesmo quando é pego, as consequências costumam ser pequenas) a angustia e culpa por mentir vão desaparecendo. Até que um dia conta-se uma mentira um pouco maior. Os sentimentos se repetem, mas como na pequena mentira, na "mentira um pouco maior" uma hora o sentimento passa.
Não é difícil perceber que em algum tempo, contar grandes mentiras já fará parte de a vida da pessoa. Passar de alguém que só fala a verdade para alguém que conta uma grande mentira pode ser algo raro, afinal, o degrau que é preciso subir de uma vez é alto. Mas se for subindo devagar, dá pra chegar "bem alto" sem notar!
A verdade liberta!