Frentista

Dia 93

Acompanho uma Irlandesa passeando pelo Brasil contando com está sendo sua experiência com o choque cultural que está passando.

Comidas, tentativa de aprender o português e a percepção do quão grande e diferente o Brasil é. Começou em São Paulo, passou pelo Rio, depois Fortaleza e Salvador. Agora está em Itaúna-MG.

Uma coisa que ela se mostrou bastante surpresa foi com o fato de terem frentistas em postos de gasolina. Ficou maravilhada que não era necessário sair do carro para abastecer já que ela odeia fazer isso. Na Europa e nos Estados Unidos não existem frentistas para abastecer o seu carro. Cada um tem que sair do carro, operar a bomba e então ir no caixa pagar.

Lembre-se que muitos lugares faz frio. Ter que sair do carro quentinho para abastecer o carro explica porque a ideia de um frentista parece tão sensacional.

A surpresa dela foi seguida com um: "Como que a gente nunca pensou nisso antes?" e a minha resposta é bem simples: "Porque é caro!"

Simplesmente não compensa ter um frentista nesses lugares. O valor do salário mínimo ou a falta de mão de obra disposta ao trabalho por um salário baixo impossibilita. Do mesmo jeito que não existe empregadas domésticas (a menos que seja uma família muito rica). São trabalhos que só são possíveis em países cuja mão de obra barata é abundante. Cenário que, geralmente, é causado por problemas econômicos.

Até amanhã.



Written by Eduardo Elias in 100posts on Fri 10 November 2017. Tags: 100posts,

Comments

comments powered by Disqus